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Petcast - Pensando bem : Guilherme De Ockham
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Publicado em 08/05/2020

Ockham foi um frade franciscano, detêm das mais variadas contribuições para a lógica, a física e a teologia, assim como no que diz respeito às suas contribuições para a política e a própria filosofia.  Nasceu em Ockham, Inglaterra, entorno de 1287, e, faleceu em Munique (No Sacro Império Romano-Germânico), em 9 de Abril de 1347. Guilherme De Ockham, ingressou na ordem franciscana ainda jovem. Assim, mateve contato com outros franciscanos, como John Duns Scotus, do qual se tornou discípulo. Redigiu vários escritos a respeito das Sentenças do teólogo Pedro Lombardo. Um dos fatores decisivos da sua vida foi rebelar-se contra a ordem papal, onde, ao rebela-se contra o Papa João XXII  foi acusado de heresia, tornando àrdua a relação entre o filósofo Ockham e a igreja, até fugir para pisa, onde continuaria a escrever sob a tese de que um cristão não contraria os ensinamentos evangélicos ao manter uma posição que contraria o poder papal.

A navalha de Ockham: Diante da crítica à metafísica tradicional feita pelo autor, trata-se de um princípio da parcimônia onde as proposições com termos devem ser de menor número, é dizer que um argumento que se constituí de proposições menores é um  argumento melhor de acordo à sua simplicidade em relação a um argumento onde as premissas se multiplicam. Assim, os argumentos pretendem fazer provas racionais devem, por prescrição,  admitir o número mínimo de premissas para a sua consistentência. Uma vez que os argumentos escolásticos da sua época adotavam termos redundantes e circulares em seus argumentos. Foi necessário adotar um princípio para por em xeque as proposições daquele gênero para as argumentações entorno da filosofia, da teologia e da própria ciência que ainda emergia.

O nominalismo: Ockham é considerado como o principe dos nominalista, uma vez que coloca por terra o “problema dos universais”, isto é, Okchm entende que o universal não é um objeto no mundo, mas uma mera forma de linguagem para a expressão de quantidades relativas, portanto, o universal não passa de uma emissão fonética destituída de qualquer conteúdo empírico. Assim sendo, no pensamento nominalista, as especulações entorno do universal não passariam de um mero discurso, uma vez que é o conteúdo empírico que dita os conteúdos existenciais e fatuais da linguagem, ao mesmo tempo, o nominalismo de Ockham foi decisivo para a separação entre o campo de discurso da fé da teologia; e da razão na filosofia.

A exigência de um método para a investigação científica: Ockham propõe uma investigação metodológica segundo as evidências empíricas, os argumentos lógicos-formais que empregam termos da linguagem, precisariam validar as suas estruturas e conclusões de acordo com a natureza (e não antecipar o comportamento da natureza de acordo com uma estrutura formal da lógica). Assim, as investigações a respeito da natureza dada a exigência metodológica de Ockham, prescreveram um critério decisivo para o surgimento da ciência moderna, uma vez que tal exigência definiria uma nova abordagem para a filosofia natural da época (ciência) e para as investigações da lógica de acordo com o método. Assim, tanto a ciência quanto a lógica, necessariamente, colocariam as suas abordagens de investigação e validação de frente de um mesmo arbitro implacável: a natureza.

 Ouça o Petcast aqui.

Autor: Fernando Grumincker.

 

Referências: 

Ockham, Guilherme De. Lógica dos Termos. Porto Alegre: EEDIPUCRS, 1999

Reale, Giovanni. História da Filosofia Cristã: Antiguidade e Idade Média. 3ª ed. São Paulo: PAULUS, 1990

Sto. Tomás de Aquino, Dante Aliguieri, John Duns Scot, William Of Okcham. Coleção de Textos. 3.ed. São Paulo: Abril Cultural, 1985

 

Recomendações de Leitura:

 

Huisman, Denis. Dicionário dos Filósofos. São Paulo: Martins fontes, 2001

GILSON, Etienne. A filosofia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1995

Boni, Luis Alberto. Filosofia Medieval [Textos].  Porto Alegre: Edipucrs, 2000

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